No decorrer do ano, com a finalidade de apresentar, ampliar e aprofundar determinados conhecimentos, pela experiência vivenciada na realidade, a Escola realiza com seus alunos atividades externas, vinculadas às elaboradas no espaço escolar.

Em tais ocasiões, as propostas pedagógicas vivenciadas pelos estudantes asseguram o exercício de um olhar analítico e refletido sobre as mais variadas realidades.
As questões colocadas aos jovens instigam-nos e os levam a adotar uma postura de pesquisador, uma vez que elaboram hipóteses, coletam dados, interpretam-nos e realizam registros de distintas naturezas, como tabelas, gráficos, esquemas, vídeos, fotografias, desenhos. Esses trabalhos de campo se iniciam com atividades preparatórias, realizadas por todos os alunos em classe, que contemplam projetos de pesquisa, leitura de textos e imagens e atividades práticas.

Nessa perspectiva, os alunos fazem pequenas saídas e viagens. Visitam dois museus da cidade, semestralmente, para conhecer seus acervos permanentes, bem como as exposições temporárias. Vão ao cinema e assistem aos filmes propostos no quadro do Projeto Aprendiz de Cinema.

Ainda, realizam saídas diretamente relacionadas aos conteúdos específicos trabalhados nas diferentes disciplinas. Algumas classes do Ensino Fundamental 1 e 2 participam anualmente de viagens nacionais e internacionais, que propiciam o exercício da autonomia, da cooperação e, pelo longo convívio com colegas e professores, a consolidação de laços de companheirismo, tal como segue:passeios educativos1

3o ano:

Os alunos viajam à região de São Roque para realizar um estudo dirigido que objetiva a observação da Mata Atlântica e a construção do conceito de ecossistema, por meio de caminhadas, observação da fauna, flora e dos fatores abióticos, compreendendo a dinâmica de interação desses aspectos.

Participam de discussões que propiciam refletir e formular hipóteses e elaboram um diário de bordo com registros variados. Ainda vivenciam brincadeiras e jogos folclóricos, que ampliam o conhecimento da cultura brasileira e promovem a integração do grupo.

O projeto é finalizado com a divulgação das informações na forma de uma reportagem para o jornal Ipê Amarelo, do qual os alunos do 3o ano são os editores.

5o e 8o anos:

A viagem à cidade de Paris proporciona a descoberta de meio estrangeiro compartilhada por estudantes e educadores. Possibilita a vivência de convívio e aprendizagem num contexto francês, principalmente artístico, além de colocar os estudantes no cotidiano em situações variadas de comunicação real em língua francesa. Os alunos realizam atividades por meio das quais exercitam um olhar sensível em relação às artes visuais presentes em diferentes museus, aos monumentos arquitetônicos da cidade, às pessoas e seus gestos. Especialmente, participam do evento O Cinema, cem anos de juventude, na Cinemateca Francesa no qual apresentam a estudantes de diversos países europeus os curtas-metragens de ficção realizados no âmbito do Projeto Aprendiz de Cinema.

O vivido a cada momento é prioritariamente expresso em trabalhos fotográficos e fílmicos que constituem o registro das inúmeras aprendizagens, sensações e sentimentos que tiveram e que seguramente os transformam em pessoas mais cultas e sensíveis.

7o ano:

É sob a perspectiva da arte e da história, que se realiza o Estudo do Meio em Minas Gerais. A viagem para o trabalho de campo contempla Inhotim, Mariana e Ouro Preto, que privilegiam a discussão da ocupação social dos espaços, a contemplação de importantes conjuntos arquitetônicos, assim como a reflexão e análise da constituição da Arte Barroca brasileira e da Arte Contemporânea. Nessa viagem, os alunos coletam dados, produzem imagens, desenhos, croquis e intervenções artísticas, praticam leitura de guias e mapas, produzem registros escritos variados e realizam entrevistas com moradores da região. Ao regressarem, há a finalização do Estudo do Meio, com o tratamento das informações coletadas e a produção de textos que serão comunicados aos alunos do Ensino Fundamental 2.

9o ano:

A sustentabilidade e a exploração de recursos naturais são os temas centrais do Estudo do Meio que ocorre em Bonito (MS). Nesse estudo, os alunos realizam atividades como trekking, rafting leve e flutuação, vinculadas a práticas esportivas. Tais atividades promovem a discussão não só sobre as relações entre as práticas corporais e a natureza, mas também sobre os impactos ambientais provocados por tais práticas.

Além disso, os alunos visitam núcleos de conservação, grutas, rios, o aterro sanitário e fazendas que desenvolveram políticas de conservação de seus bens naturais.

Essas visitações são propícias, por exemplo, à ampliação da discussão sobre políticas públicas de conservação e preservação do meio ambiente. Durante o trabalho de campo, os alunos coletam dados e materiais, realizam entrevistas com moradores da região, trabalhadores e turistas e produzem diversos tipos de registro. Ao retornarem, há o trabalho de tratamento e análise dos materiais coletados e a divulgação desse registro aos demais alunos do Ensino Fundamental 2.

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Em outubro, para celebrar a chegada da primavera, acontecem na Escola Carlitos várias atividades em torno de diferentes manifestações musicais, num contexto lúdico, compartilhado pela comunidade.

Na ocasião a Escola recebe convidados que apresentam canções e músicas instrumentais de diferentes épocas e lugares. Algumas classes apresentam aos seus colegas e também a seus familiares algumas das vivências desenvolvidas durante o ano. Trabalhos que envolvem expressões artísticas como tocar, cantar, dançar e construir instrumentos musicais não convencionais, combinando materiais variados.

Tais eventos sensibilizam crianças e adolescentes para a arte musical. Procuram ampliar seu conhecimento e desenvolver sua capacidade de escuta e análise diante de gêneros musicais diversificados num ambiente festivo que promove o gosto pela música.

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A Escola Carlitos desenvolve algumas ações vinculadas a projetos sociais externos. A partir das necessidades apresentadas pelas diferentes comunidades, alunos e pais envolvem-se em diversas iniciativas, como por exemplo, o Companheiros de Leitura. Neste projeto, nossos alunos são formados para atuar em instituições infantis, ampliando o universo literário e a prática da leitura tanto dos alunos da instituição em questão quanto deles próprios.

Na Escola Carlitos, o ensino da literatura, singular, intenso e consciente se inscreve nos programas desde a primeira escolarização dos alunos. Acredita-se que o conhecimento das obras literárias notáveis, do patrimônio ou da atualidade, fornece a todos um saber sobre um mundo, certamente imaginário, mas que permite melhor compreender e estar no próprio mundo. Bem como, a recriação literária pelo ato de escrever e ilustrar principalmente com base na leitura dessas obras e na própria imaginação, torna o sujeito criador cultural em seu próprio tempo.

Na perspectiva de afirmar, valorizar esse aprendizado literário, e tornar visível face a comunidade escolar, o caminho que o aluno percorre ao construí-lo, acontece na Escola, todos os anos, uma Semana Literária.
Esse evento artístico promove o conhecimento literário como essencial da cultura. Ocorre em ambiente lúdico, prazeroso, agradável ao olhar e aos ouvidos, unindo gerações em torno do que foi aprendido e criado por alunos de todas as idades.

A ocasião integra várias ações, algumas preparadas e apresentadas pelos estudantes e outras por profissionais do mundo literário. Entre elas, tem-se o diálogo com escritores, as exposições de escritos, a contação e leitura de histórias, o sarau de poesias, a mostra de livros, a oficina de ilustração e a dramatização de obras literárias. A cada ano um aspecto central da literatura é escolhido para unir todas as atividades, algumas preparadas pelos alunos, outras por pais e profissionais de literatura, com o intuito de provocar no participante o estabelecimento de relações entre os conteúdos apresentados com base em reflexões, lembranças e descobertas.

Principalmente, a Semana Literária propicia o compartilhamento intergeracional de emoções, preferências e memórias, que culmina em grandes diálogos sobre a cultura literária.Conversas ricas e agradáveis que despertam a vontade de frequentar o mundo da literatura.

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Passos apressados pelas calçadas, carros rápidos pelas avenidas. Nota-se mal as cores, as casas, os nomes, os detalhes, as esquinas, novas ruas, que, por sempre estarem ali, tornam-se quase invisíveis. Na rotina acumulada percorre-se os mesmos caminhos. Não há tempo de perguntar o porquê de tudo ser como é: de onde veio, quem começou, como era, o que mudou. Desconhece-se as aventuras, dramas, romances, tantas vidas que passaram e tornaram-se memória. Nesse mesmo lugar, as pessoas são peças novas em um grande museu secular, vivo, pulsante, construído, destruído ou reconstruído a cada dia – o bairro.

O projeto Memórias e Vivências em Higienópolis e Arredores, realizado pela Escola Carlitos, conduz seus alunos a ter uma relação positiva e consciente com o espaço próximo, para a formação de uma identidade coletiva, com base em ações de cidadania que envolvem trabalhos em diferentes linguagens – escrita, plámemorias higienopolis 1stica, musical e corporal.

No processo de elaboração desses trabalhos, os alunos resgatam a história e estudam os vários aspectos do cotidiano atual da região que habitam, enquanto estudantes e, em muitos casos, como moradores. Em diversas vivências realizam procedimentos que lhes permitem descobrir fatos e lembranças que tornam, aos poucos, o olhar mais crítico e emotivo sobre o espaço vivenciado no dia a dia.

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